Cada Escoliose é Única – E eis como tratar a sua
Uma Escoliose é como uma impressão digital: não há duas iguais e o tratamento deve ter em conta a causa do problema, os fatores de risco e os graus.
Pode parecer confuso ao início e, de facto, a maior parte das Escolioses são idiopáticas – não se sabe a causa. Por isso, a confusão é ainda maior quando consulta vários médicos e ouve conselhos diferentes.
Todos podem ter razão com base na sua experiência clínica, mas neste artigo trago-lhe a melhor forma de lidar com a Escoliose, tendo em conta os estudos científicos mais recentes. É com base nestes que elaboramos os nossos planos de tratamento na FisioMoço.
A causa do problema é importante
Na Escoliose Funcional, a coluna em si está bem, mas fica desalinhada porque há uma perna maior que a outra ou por ter um espasmo muscular na coluna. Quando se inclina para os lados ou para a frente, a curvatura escoliótica desaparece.
Por outro lado, se tiver uma Escoliose Estrutural, a curvatura não desaparece quando se inclina. O problema é mesmo na coluna. Pode ser por um problema congénito (malformação nas vértebras), um problema neuromuscular (Paralisia Cerebral, distrofia muscular), mas 90% destas Escolioses são Idiopáticas – não se sabe a origem do problema.
Se for idiopática, a melhor opção é tratar os sinais e sintomas da patologia, através de Fisioterapia, Reeducação Postural Global (RPG), colete ou, em casos extremos, cirurgia.
Conheça bem os Fatores de Risco
Isto é o que vai fazer a diferença na Escoliose. Quanto mais fatores de risco tiver, maior a probabilidade de ter Escoliose:
- Sexo Feminino – As Escolioses mais graves aparecem geralmente nas meninas e adolescentes;
- Fatores genéticos – Aparentemente, alterações nos cromossomas 9, 11 e 13 aumentam o risco, assim como a hereditariedade;
- Alterações dos tecidos moles – Quando a elastina (proteína da elasticidade) está mal distribuída pela coluna;
- Deficiências hormonais – Principalmente a melatonina (hormona do sono) e a calmodulina.
O fator mais importante é o primeiro e deve considerar iniciar tratamento o mais rápido possível, principalmente se tiver entre 8 e 16 anos. Para além disso, deve saber que os fatores relacionados com o agravamento da Escoliose são:
- Sexo feminino e antes da menarca;
- Idade – quanto mais novo maior a progressão;
- Imaturidade óssea (interligada com a anterior);
- Curvas duplas (em S).
Os graus é que determinam o Tratamento
Segundo os estudos científicos mais credíveis, cada solução de tratamento deve ser apresentada em alturas diferentes da evolução da Escoliose. Assim, estas são as recomendações:
- Abaixo dos 10 graus – Basta supervisionar. Ainda não é considerada uma Escoliose mas, tendo em conta os fatores de risco, deve reavaliar a sua coluna passados 6 meses a 1 ano;
- Entre os 11 e os 25 graus – Deve fazer Fisioterapia ou outro método de tratamento mais específico, como RPG;
- Entre os 26 e os 45 graus – Para além de Fisioterapia ou RPG, deve adicionar um colete para fazer contenção, reduzindo a velocidade de progressão das curvaturas;
- Acima dos 45 graus – Aqui a cirurgia é indicada. No entanto, os médicos consideram normalmente uma margem com o objetivo de reduzir a Escoliose para não ser necessária a intervenção cirúrgica.
Por regra, considero que qualquer pessoa (criança, jovem ou adulto) deve realizar tratamentos conservadores antes de seguir para cirurgia. No entanto, há casos muito severos – por exemplo acima de 80 graus – que devem seguir para cirurgia.
Se tiver mais de 18 anos, tome atenção
Teoricamente, a Escoliose para de evoluir com a paragem do crescimento ósseo. Pela minha experiência clínica, isto é verdade, mas apenas para as curvaturas menos graves.
Se tiver mais de 40 graus de Escoliose é provável que tenha de continuar a supervisionar – ou até manter os tratamentos – depois de atingir a maturidade óssea.
Quer saber mais sobre este problema?
Aproveite e descarregue o nosso Guia Gratuito para o Tratamento da Escoliose na Criança e no Adolescente. Este guia serve para conhecer melhor os tipos de Escoliose que existem, a gravidade e potencial de evolução de cada uma, os fatores de risco e também o que DEVE e o que NÃO DEVE fazer para ajudar o seu filho ou filha.
Quer falar com um Especialista?
Pode falar diretamente com um Especialista em Escoliose na Criança e no Adolescente. Basta preencher este curto formulário, e indicar o dia e a hora mais conveniente para lhe ligarmos. Esta chamada é totalmente gratuita para si, e sem qualquer compromisso.